Tema delicado este. Com apoiantes de ambos os lados, tanto os que defendem as amizades para a vida e que estas nunca devem ser postas em causa por um grande amor, como aqueles que põe o seu querido amor à frente de qualquer coisa, enfrentando tudo e todos em nome da famosa frase, tantas vezes ouvida por mim, "amor pode haver só um, amigos faço-os em qualquer esquina". Pois cá para mim, nem oito nem oitenta. Como em tudo devemos ser equilibrados (ou pelo menos tentar, por mais difícil que seja). Mas, a verdade, é que sempre que arranjamos um namorado há-de existir sempre um amigo ou amiga que protesta, "agora que arranjas-te namorado vais deixar de ter tempo para nós". Por vezes acontece, claro. Depende de pessoa para pessoa. E, no fundo, tudo se resume a uma palavra, prioridades. Uma grande amizade é tão importante como um grande amor claro, mas aquela não se substitui a este ou vice-versa. Têm funções e maneiras diferentes de nos completar. A verdade é que pode ser difícil conjugar tudo, trabalho, amor, amizades, tempos livres, filhos, etc, mas com esforço tudo se consegue. Esforço este que não pode ser unilateral, tem que partir dos dois lados. Por isso, meus queridos, sempre que julgarem algum amigo vosso pela falta de tempo para vocês, pensem se estão a cumprir o vosso papel. É que compreensão e paciência também fazem parte do conceito de amizade, pelo menos do meu.
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